Em termos gerais no mundo, as mulheres tendem a se preparar menos que os homens para a aposentadoria. Mas no Brasil, assim como em outros países emergentes, a situação é diferente, e as mulheres estão cada vez mais atentas para esta fase da vida. É o que mostra a pesquisa “A Nova Cara da Aposentadoria - Mulheres: equilibrando família, carreira e segurança financeira”, produzida pela seguradora Aegon em 15 países.
O Brasil aparece em destaque no Índice de Preparo para a Aposentadoria, criado pela seguradora para avaliar os hábitos de poupança e planejamento para esta fase da vida. As brasileiras alcançaram o segundo lugar, com nota 6.5, ficando atrás somente das indianas (6.9). A média da pesquisa ficou em 5.5.
Quando o foco é faixa etária, as mulheres mais velhas se mostram mais atentas à aposentadoria: somente 1/3 do total de entrevistadas em todo o mundo (36%), exatamente as mais velhas, afirmam guardar dinheiro constantemente. Entre as 24% que não estão poupando, mas pretendem começar em algum momento, estão as mais jovens. Números mostram também a cultura atual da população, de começar a poupar mais tarde.
Globalmente, 49% das mulheres não estão confiantes de que serão capazes de manter um nível de vida confortável ao se aposentar. O otimismo em relação ao futuro é maior entre a população feminina dos países que possuem economias emergentes — China (42%), Índia (35%) e Brasil (29%).
Outro resultado mostra que, mesmo com maior independência financeira e inserção no mercado de trabalho, mais da metade das entrevistadas no mundo (54%) acredita que serão dependentes da renda do cônjuge. Em contraste, apenas 12%, dizem que não esperam que seus esposos sejam a grande fonte de renda na aposentadoria.
As diferenças entre os países também surgem quando o tema é a renda necessária para se sustentar na aposentadoria em relação aos ganhos na ativa. O Brasil se aproxima das expectativas da Europa Oriental: na Hungria as mulheres acreditam que é necessário ganhar 86% do salário atual; na Polônia este índice cai para 81%, enquanto por aqui as brasileiras acreditam que precisariam ganhar na aposentadoria 77% do que ganham na vida ativa.
Esse percentual cai em países de renda alta e industrializados, como Estados Unidos e Canadá, para 67% e 66%, respectivamente. A surpresa sobre essa expectativa vem de países emergentes como Turquia e China, que esperam precisar de menor percentual da renda atual em relação aos demais, em média 59% e 60%, respectivamente.
Fonte: Bem Paraná, 25 de novembro de 2014.