Após um dia de paralisação, os professores municipais de Curitiba decidiram retornar hoje ao trabalho. A decisão foi tomada em assembleia ontem à tarde, logo depois de um reunião com presentantes das secretarias de Educação e de Governo.
Segundo a diretora do Sindicato do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), Andressa Fochesatto, o movimento fica suspenso até uma próxima assembleia, dentro de 20 dias.
Ela explicou que a reunião com a prefeitura foi positiva e que pontos importantes da pauta de reivindicações foram atendidas. Entre elas, o enquadramento no novo Plano de Cargos e Salários, levando em conta o tempo de serviço do servidor e a trajetória na carreira.
A diretora disse que dois pontos estão em aberto, a inclusão dos aposentados no Plano e a contratação de novos docentes. Segundo o Sindicato, a greve de hoje afetou 90% das escolas municipais da capital.
"Sempre estivemos e nos mantemos abertos ao diálogo e à negociação, mas é preciso lembrar que a construção do plano de carreira é uma proposta da administração que está acontecendo com muita responsabilidade e com prazo até o fim deste semestre, para ser encaminhado para a Câmara", disse o secretário municipal de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi.
Propostas para a construção do novo plano de carreira estão sendo discutidas com representantes da categoria desde o ano passado. "Reconhecemos a paralisação deste dia como um movimento nacional pró-educação, mas ressaltamos que em Curitiba temos significativos avanços nesta área", disse Mac Donald. Ele lembrou que a Prefeitura vem ampliando os recursos destinados à educação, tanto em números absolutos quanto em percentual, para alcançar a meta de 30% do orçamento em 2016.
Fonte: Bonde, 18 de março de 2014.