As vendas de móveis aumentaram neste ano 30% em Rio Claro (SP), segundo os comerciantes do setor. A alta procura, principalmente da classe média, é incentivada pelo aquecimento do mercado imobiliário. Para atrair mais clientes, os lojistas investem em novos produtos. 

Segundo o Instituto Data Popular, os brasileiros da classe média gastaram o equivalente a R$ 25 bilhões só neste setor em 2013. Alta de 18,5% na comparação com o último estudo feito em 2011. O crescimento é sentido em Rio Claro.

Apesar da média de crescimento ser de 30% na cidade, alguns lojistas afirmam que faturaram mais nos últimos meses. Marcio Takeshi é gerente de uma loja e diz que as vendas aumentaram 40% nos dois primeiros de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo ele, ainda há uma boa fatia de mercado a ser explorada. “Há vários lançamentos de residenciais e condomínios e com a grande quantidade de linhas de crédito, as classes B, C, D pode ter essa linha de planejados dentro de casa”, comentou.

Quando a aposentada Rosa Pereira comprou a casa onde mora atualmente definiu que todos os móveis seriam novos. Ela só não se desfez dos móveis da sala, mas o restante foi desenvolvido especialmente para cada cômodo. O investimento foi de R$ 45 mil e ela não se arrepende. “Queria tudo branco, tudo clean, com alegria, era isso que eu queria para mim e para o meu marido”, disse.

Investimentos
Pensando em novos clientes, a empresária Adreci Godoy investiu em uma nova marca, para atender um público que busca produtos cada vez mais sofisticados. “Nosso público é mais exigente, quer móveis de qualidade, mas com um valor agregado não muito alto”, explicou.

A designer de interiores Maria Porcena de Oliveira renovou toda a loja e as vendas aumentaram 50%. Segundo ela, os pedidos não param de chegar. “No mês passado saiu 700 unidades em um só condomínio e a expectativa é muito grande”.

O servidor público Gilberto Antunes reformou a casa no ano passado e resolveu comprar móveis novos. A última aquisição foi o guarda-roupa e ele diz que a compra coube no bolso. “A gente estudou bastante, porque estava em construção, fizemos parcelado, mas fizemos de uma maneira que não prejudique a renda mensal”, disse.

Fonte, G1, 18 de março