O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) atingiu o seu menor valor desde junho de 2009, período no qual o levantamento ainda era realizado trimestralmente (o INEC passou a ser divulgado mensalmente em março de 2010). 

Em fevereiro, a confiança do consumidor registra queda de 4,5% na comparação com janeiro, o que leva o INEC aos 108,8 pontos.
Após o aumento de janeiro, uma das maiores variações positivas da série, era possível ocorrer alguma acomodação do INEC no mês subsequente. Contudo, a queda de fevereiro, a maior na série mensal do índice, reflete uma reversão das perspectivas do consumidor para os próximos meses.

Todos os componentes do INEC registraram recuo, tanto na comparação mensal quanto na anual. Todos também se encontram abaixo de suas respectivas médias históricas, o que indica que as expectativas estão especialmente pessimistas e as avaliações acerca da situação financeira e endividamento estão mais negativas do que o usual.

Esse cenário aponta uma grande apreensão do consumidor com o ambiente macroeconômico. O índice de expectativa de desemprego recuou 11% na comparação com janeiro, refletindo o aumento no percentual de entrevistados que esperam crescimento do desemprego nos próximos meses. O índice de expectativa de inflação totaliza o terceiro mês consecutivo de queda, o que mostra uma crescente preocupação com a evolução futura dos preços. 

Fonte: IBOPE, 18 de março de 2014.