Os trabalhadores da limpeza pública de Curitiba deflagaram greve em assembleia realizada às 7 horas desta terça-feira (18) em Curitiba. De acordo com Manassés Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (Siemaco), 2 mil trabalhadores se reúnem em frente a empresa CAVO, na Avenida Pres. Getúlio Vargas, no bairro Rebouças, em Curitiba.

A categoria não aceitou o reajuste salarial de 10% e de vale-refeição de 15% oferecido em audiência realizada na delegacia regional do trabalho nesta segunda-feira (17). Os trabalhadores exigem aumento de 20% no salário e 30% para refeição.

A orientação era de que  750 (30% dos 2.500 trabalhadores) trabalhassem em caso de paralisação. Segundo Oliveira, serviços como os de coleta e limpeza de rua estarão suspensos devido a paralisação a partir de hoje.

De acordo com o secretário municipal de governo, Ricardo Mac Donald Ghisi, em entrevista à rádio CBN Curitiba, será criado um esquema de emergência para dispor os serviços essenciais à população, como o criado na greve dos ônibus. Ainda segundo Ghisi, a CAVO deve pubilicar ainda hoje até às 16h um relatório sobre as ações da empresa em relação a limpeza da cidade.

Sobre os reajustes exigidos pelos trabalhadores, o secretário afirmou que é um aumento inviável e traria prejuízos. "O valor pedido traria um custo de R$ 10,5 milhões a mais por mês, bem acima da inflação." Porém, Ghisi garante que, em um primeiro momento, o reajuste não traria consequências ao bolso dos moradores de Curitiba. " A 'taxa lixo', paga no IPTU, seria muito maior, mas a prefeitura aumentará o subsídio pago a CAVO para evitar despesas aos cidadãos", garante o secretário.

Segundoa prefeitura, 80 equipes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente farão a coleta de lixo domiciliar. O órgão recomenda que a população diminua a quantidade de lixo produzido durante o período de greve.

Os trabalhadores se reuniram em frente a CAVO e bloqueiam parcialmente a Avenida Getúlio Vargas, entre as ruas João Negrão e Conselheiro Laurindo. Agentes da Secretaria de Transito de Curitiba (Setran) já orientam os motoristas da região. O presidente do sindicato informou que os manifestantes continuarão reunidos no local.

Fonte: Bem Paraná, 19 de março de 2014.