Os funcionários dos Correios no Paraná realizarão uma nova assembleia no dia 31 deste mês para decidir se farão mais uma paralisação. Na última quarta-feira, eles deixaram de trabalhar por 24 horas, mas ao fim do ato, decidiram permanecer em estado de greve. Nesse período o sindicato realizará atos para mobilização da categoria, a fim de promover uma conscientização sobre a necessidade de todos aderirem à decisão. 

Segundo um dos diretores do sindicato dos trabalhadores, Wilson Dombrovski, caso as reivindicações não sejam atendidas, a categoria volta a paralisar suas atividades mais uma vez. Os números referentes à adesão ao movimento de paralisação de 24 horas dos trabalhadores dos Correios na quarta-feira são bastante divergentes. A assessoria de comunicação da empresa estimou que a mobilização dos funcionários atingiu apenas 5,84% dos trabalhadores da empresa no Paraná, enquanto o diretor do Sintcom/PR região norte, Fabiano Batista, afirmou que esse índice chegou a 25% dos funcionários. 

A categoria é contra a criação dos CorreiosPar, que acabaria com a realização de novos concursos na área, já que funcionários da empresa poderiam trabalhar apenas um ano, tendo o contrato temporário prorrogado por mais um ano, sem possibilidade de fazer uma carreira. O Sintcom afirma que a demanda por funcionários no Estado é de 360 vagas. Atualmente os Correios possuem cerca de sete mil servidores em todo o estado. Fabiano critica também a falta de pagamento do restante da parcela da participação dos lucros de 2013, que garantiria pelo menos mais R$ 400 aos funcionários. "Enquanto a campanha salarial não começa, discutiremos as pautas estaduais. Em Londrina, o problema é o calor excessivo no Centro de Triagem de Cartas e Encomendas (CTCE). Em Paranaguá são as instalações prediais antigas e também o excesso de calor", afirmou Dombrovski.

Fonte: Folha de Londrina, 20 de março de 2015.