O número de casos de dengue registrados no País no primeiro trimestre de 2015 subiu 240,1% em relação ao mesmo período do ano passado. É o que mostra um balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. Até 28 de março deste ano, foram contabilizadas 460,5 mil confirmações da doença. No mesmo período de 2014, o registro foi de 135,3 mil infectados. Já na comparação com o mesmo período de 2013 – quando foram notificados 730,8 mil casos na mesma semana epidemiológica (12) – a redução é de 37%. 

O município paranaense de São João do Caiuá, no Noroeste, foi o que apresentou a maior taxa de incidência de dengue, ou seja, maior número de casos em comparação à população, com 16.670/100 mil habitantes. A seguir vieram Trabiju (SP), com 14.303/100 mil habitantes; Paraguaçu Paulista (SP), com 13.738/100 mil; Estrela D'Oeste (SP), 11.513/100 mil; e Florínea (SP), com 9.039/100 mil habitantes. Segundo o último boletim da dengue divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SESA), 5.889 casos da doença já foram confirmados no Paraná neste ano. Deste total, 5.417 são autóctones e 472 importados de outros estados. Sete pessoas morreram. Em Londrina, a Secretaria Municipal de Saúde contabiliza 2.535 notificações e 454 casos confirmados. 

Em 2015, de acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 132 óbitos causados pela doença nas 12 primeiras semanas do ano em todo o País, um aumento de 29% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram registradas 102 mortes. Entretanto, a comparação com os 278 óbitos registrados no mesmo período de 2013 mostra uma redução de 52,51%. 

Neste ano (até 28 de março) também foram registrados 235 casos graves, o que representa um aumento 39,1% na comparação de 2014, quando foram registrados 169 casos graves. Com a adoção da nova classificação da notificação da dengue, não é possível fazer comparação dos casos graves com o ano de 2013. Ainda segundo o MS, a região Centro-Oeste apresenta a maior incidência de casos, com 393,3/100 mil habitantes (59.855 casos), seguida pelas regiões Sudeste com 357,5 /100 mil habitantes (304.251 casos), Norte com 112,4/100 mil habitantes (19.402 casos), Nordeste com 91,2/100 mil habitantes (51.521 casos), e Sul com 88,8/100 mil habitantes (25.773 casos). 

REFORÇO
Para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, o Ministério da Saúde repassou um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios brasileiros. Os recursos são exclusivos para qualificação das ações de combate aos mosquitos transmissores da dengue e do chikungunya, o que inclui a contratação de agentes de vigilância. 

Do total repassado, R$ 121,8 milhões foram para secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões às secretarias estaduais. O recurso adicional é exclusivo para ações contra dengue e chikungunya e não possui caráter permanente. Os recursos são repassados via Fundo Variável de Vigilância em Saúde e o valor representa um subsídio de 12% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde, de R$ 1,25 bilhão.

Fonte: Folha de Londrina, 14 de abril de 2015.