A quarta-feira (15) começou com manifestações contra a lei da terceirização em vários pontos de Curitiba. Trabalhadores ligados ao Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e representados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) fizeram protestos em frente às fábricas da Volvo, Bosch,Case New Holland (CNH), Volkswagen, Brose, Renault e WHB.

Os protestos começaram cedo. Por volta das 7 horas, trabalhadores fecharam trechos das rodovias e das marginais que dão acesso às fábricas dessas empresas, deixando o trânsito bastante complicado em alguns pontos, como no Contorno Sul, em frente à Volvo. Também houve paralisação no Contorno Leste, em dois pontos, em frente à fábricas da Bosch e da Case New Holland; na BR-376, próximo à Volkswagen e Brose; na BR-277, no acesso à fábrica da Renault.

De acordo com os sindicato, a maior parte das manifestações já foi encerrada. O único ponto onde ainda há protesto dos trabalhadores é na Rodovia do Xisto, em frente à fábrica da empresa WHB.

Nova manifestação

A partir do meio-dia desta quarta-feira (15), está marcado um novo protesto dos trabalhadores na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, de onde os manifestantes partem em caminhada pela Rua XV até a Boca Maldita. Lá, eles farão um ato de repúdio à Lei da Terceirização, com a exposição de um painel com o nome dos deputados paranaenses que votaram favoravelmente à lei.

Motivação

Chamado de “Dia Nacional de Paralisação”, o protesto nacional foi convocado pela CUT em 24 capitais e tem adesão de movimentos populares e do campo.

As centrais e movimentos populares entendem que, com a aprovação do projeto de lei, o trabalhador contratado diretamente por uma empresa poderá ser demitido para que um terceirizado seja contratado, “com diminuição de salários, de direitos e aumento da jornada de trabalho”.

Já as entidades empresariais e defensores do projeto informam que haverá mais segurança jurídica para as empresas contratarem e maior proteção social aos terceirizados.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que o projeto “não traz benefícios nem para a economia brasileira nem para os trabalhadores”.

De acordo com o sindicalista, “ele garante única e exclusivamente tranquilidade jurídica porque o projeto impede ações na Justiça e muito mais lucros para os empresários”.

Fonte: Gazeta do Povo, 15 de abril de 2015.