O salário ainda é o item mais importante na hora de mudar de emprego, revela a pesquisa Tendências de Talentos 2015 do LinkedIn. Segundo o estudo, 49% dos brasileiros entrevistados responderam que o fator remuneração é o primeiro motivo que os fariam mudar de trabalho.
Desenvolvimento profissional foi a segunda motivação, com 43%. Em terceiro ficou oportunidades de avanço na carreira (41%).
A maioria dos brasileiros (77%) são candidatos passivos, ou seja, não estão ativamente procurando emprego, mas aceitariam conversar com recrutadores para obter mais informações sobre novas oportunidades. A média global é de 70%.
Sobre a negociação salarial, 60% dos profissionais confia em seu próprio discernimento para determinar um salário justo enquanto 40% define um ajuste percentual com base no cargo anterior.
Busca pelo emprego
Mais da metade dos talentos brasileiros (55%) contam com a ajuda de colegas e amigos para encontrar novas oportunidades.
O Brasil é o quarto país no mundo que mais utiliza as redes sociais para buscar emprego (63%). Ele atrás de Espanha (70%), Chile (68%) e Cingapura (63%). 59% utilizam sites de emprego na internet.
Entrevista
Já no processo de entrevista, quase todos os profissionais se sentem inseguros em relação ao cargo e a empresa antes da entrevista, quer a vaga tenha ou não sido bem divulgada. Mas a grande maioria afirma que uma experiência positiva na entrevista pode mudar sua opinião sobre o cargo ou a empresa (87%).
Além disso, eles consideram a experiência na entrevista um fator essencial na decisão de se juntar a empresa ou continuar na jornada a procura de um emprego (77%). Após o processo seletivo, quase todos os brasileiros desejam receber feedback sobre a entrevista (94%).
"Se as empresas conseguirem mostrar as vantagens de trabalhar com eles, há mais chances de despertar o interesse de se juntar a companhia recrutadora. Este é o principal valor da marca empregadora", afirma Milton Beck, diretor da área de soluções de talentos do LinkedIn para a América Latina.
Recrutadores e candidatos
Quase todos os entrevistados consideram que ser contatados pelo futuro gerente, ou pelo recrutador, pode fazê-los aceitar uma oferta de emprego com mais rapidez (94% e 89%, respectivamente).
"Podemos dizer que quanto maior a base de talentos passivos de um país, como é o caso do Brasil, mais as empresas devem chamar atenção com sua marca empregadora, interagindo de maneira proativa com os usuários para buscar novas oportunidades", ressalta Beck.
A atualização do currículo (39%), atividades de networking profissional (38%) e atividades de desenvolvimento profissional - como aprender uma nova competência (33%) são as atividades mais utilizadas para aumentar as chances de encontrar outro emprego.
O levantamento contou com mais de 20 mil profissionais entrevistados em 29 países, sendo 660 brasileiros.
Fonte: G1, 20 de maio de 2015.