Agentes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU) aprovaram indicativo de greve nesta segunda-feira (24). A paralisação por tempo indeterminado foi marcada para o dia 2 de abril. A mobilização deve afetar serviços como a fiscalização de trânsito e sinalização viária. 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano), Valdir Mestriner, disse que os servidores irão fazer paralisações diárias de hoje até o dia programado. "Os agentes a partir de agora estão em constante mobilização. Eles vão paralisar as atividades por cerca de uma hora para discutir entre eles melhorias nas condições de trabalho". 

Mestriner destacou as reivindicações dos trabalhadores. Na pauta de discussões está o aumento real do salário; correção de 33,7% referente às perdas salariais do período de fevereiro de 2000 a janeiro de 2004; implantação imediata de plano de assistência médica; revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Os funcionários da CMTU cobram ainda auxílio alimentação de R$ 825; abono natalino de R$ 825; adequação de horários para realização de serviços de sinalização viária; uniformes adequados; entre outras melhorias. 

O presidente do Sindiurbano relatou que ontem houve uma reunião com membros da companhia, mas as propostas não avançaram. "A intransigência da empresa está levando à greve. A CMTU não atende as reivindicações dos trabalhadores e benefícios decididos em discussões anteriores. O processo de contratação de plano de assistência médica está empacado, uma conquista já inclusa no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014", reclamou Mestriner. 

A greve, de acordo com o sindicato, deve envolver 280 funcionários da companhia. A paralisação vai afetar as fiscalização de trânsito, sinalização viária, fiscalização do transporte coletivo, fiscalização da capina e roçagem, fiscalização de ambulantes; além de serviços administrativos, como recursos de multas. 

Para a CMTU as negociações com os trabalhadores continuam. O presidente da Companhia, Carlos Geirinhas, esclareceu que o momento exige bom senso de ambas as partes. "A situação é delicada e a CMTU não tem condições de atender a muitas das reivindicações feitas. Mesmo assim estamos buscando avançar no que for possível", afirmou o presidente. 

Conforme a empresa, em fevereiro os funcionários receberam os salários reajustados em 5,26%, referente a reposição da inflação do período. O índice também foi aplicado no auxílio alimentação que passou para R$ 673,43.

Fonte: Bonde, 26 de março de 2014.