O Paraná divulgou na semana passada o primeiro boletim epidemiológico sobre hepatites virais realizado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificações entre 2007 e 2013. 

Segundo o Sesa, os diagnósticos de hepatite C, considerado o tipo mais grave da doença, aumentaram 17,6% em sete anos. Os dados preliminares de 2014 registram 654 casos, além de 205 pacientes em 2015. 

"A hepatite C é uma forma silenciosa da doença, com chance de se tornar crônica de maneira rápida. De acordo com o primeiro boletim, 89% dos casos diagnosticados são crônicos. A tendência é aumentar, pois a detecção com testes rápidos foi intensificada, o que é importante para o tratamento dos pacientes", explica a enfermeira da Divisão de DST/Aids, hepatites e tuberculose da Sesa, Mara Ribeiro Franzoloso. Ela também integra a equipe responsável pelo levantamento, que aponta para uma média anual de 700 casos paranaenses. 

Em 13 anos, foram confirmados 120 mil casos no Brasil. Atualmente são 10 mil casos notificados ao ano. O Ministério da Saúde registra cerca de 3 mil mortes por ano em decorrência da hepatite C. 

A enfermeira da Sesa informou ainda que 1.538 casos de hepatite B foram registrados em 2007 e o número aumentou para 1.821 em 2013. A média estadual de casos detectados é de 1,5 mil por ano. "O uso de preservativos nas relações sexuais e não compartilhamento de seringas e objetos cortantes, como alicates de cutículas e giletes, previnem os tipos B e C da doença", alerta. 
Fonte: Folha de Londrina, 04 de agosto de 2015.