A taxa de desemprego no conjunto de seis das principais regiões metropolitanas do país subiu para 10,3% em fevereiro, na comparação com os 9,5% registrados em janeiro. Os dados fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). No mesmo período do ano passado, o desemprego também foi de 10,3% na média dessas regiões.
O levantamento é realizado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza.
O contingente de desempregados em fevereiro foi estimado em 2,158 milhões de pessoas, 174 mil a mais que no mês anterior. A população economicamente ativa (PEA) das seis regiões ficou em 20,877 milhões de pessoas, 55 mil a mais que em janeiro.
Na passagem de janeiro para fevereiro, o desemprego aumentou em Belo Horizonte (6,7% para 7,7%), Recife (11,3% para 12,2%), Salvador (17% para 17,7%), São Paulo (9,6% para 10,6%) e Fortaleza (7,3% para 7,7%) e manteve-se relativamente estável em Porto Alegre (5,7% para 5,6%).
Na comparação com janeiro, o único setor que contratou foi o de comércio e reparação de veículos, que aumentou o estoque de trabalhadores em 0,1%, com mais 4 mil postos. A indústria de transformação e os serviços registraram cortes, de 0,7% e 0,9%, com menos 21 mil e 96 mil trabalhadores, respectivamente. Na construção civil, foram fechadas 17 mil vagas, queda de 1,1% em relação ao início do ano.
Em janeiro, no conjunto das seis regiões pesquisadas, o rendimento médio real de ocupados caiu 1,2%, para R$ 1.668, e não variou para os assalariados (R$ 1.690). Na comparação com o mês inicial de 2013, o rendimento médio real dos ocupados subiu 2,7% e o dos assalariados aumentou 2,8%.
A massa de rendimentos dos ocupados caiu 1,6% nas seis regiões entre o fim de 2013 e janeiro de 2014, enquanto a massa dos assalariados baixou 0,2% no período. Em relação a um ano antes, a massa de rendimento dos ocupados avançou 3,4%, e a dos assalariados cresceu 5,5%.
Na pesquisa do Dieese/Seade, os dados relativos à renda referem-se sempre ao mês anterior ao do levantamento.
Fonte: Extra, 27 de março de 2014.