Em assembleia realizada no último sábado (29) os professores da rede estadual de ensino aprovaram a greve da categoria para o dia 23 de abril. Docentes e funcionários de escolas chegaram a se reunir com representantes do governo no último dia 19, na tentativa de avançar nas negociações, mas não chegaram a um acordo. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), cerca de mil representantes dos 29 núcleos regionais da entidade participaram do debate de sábado, em Curitiba.
Os educadores reivindicam 33% de hora-atividade; a implantação do Piso Nacional para o professor (mínimo de 8,32%); o reajuste no mesmo índice do Piso Regional (7,34%) para os funcionários de escolas; o pagamento das promoções e progressões em atraso; o fim do corte do auxílio transporte para os afastados por licença médica; melhoria do contrato PSS, e a implantação de um novo modelo de atendimento à saúde do funcionalismo público. ''Todos foram favoráveis à paralisação geral, isso mostra a força da categoria. Estamos aguardando uma resposta concreta do governo sobre nossas principais reivindicações. Somente desta forma a greve pode ser evitada'', disse Marlei Fernandes, presidente da APP-Sindicato.
Governo
A equipe da FOLHA entrou em contato com a assessoria Secretaria Estadual de Educação (Seed) e foi informada de que a negociação com a categoria prossegue e que o posicionamento é o mesmo anunciado após a último reunião com representantes do sindicato. Depois do encontro do dia 19, o governo divulgou uma nota oficial, informando que quer continuar dialogando com a categoria. A nota informa que ''no mês de março o governo implantou na folha de pagamento a progressão e promoção dos professores da rede estadual e as promoções dos funcionários das escolas''. O órgão ainda ressaltou que está prevista para maio a implantação do pagamento dos avanços nas carreiras e o pagamento da primeira parcela das progressões e promoções relativas a 2013. A nota reforça ainda que ''desde 2011 o governo implanta ações de melhorias e a valorização dos profissionais da educação''.
Fonte: Bonde, 31 de março 2014.