De acordo os dados divulgados na PME (Pesquisa Mensal de Emprego), divulgada nesta quarta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mesmo tendo diminuído, a diferença continuou: os trabalhadores negros ganharam, em média, 59,2% do rendimento dos brancos em 2015. 

Apesar de negativo, o resultante mostra um avanço em relação a 2003, ano inicial da pesquisa. Naquele ano, os negros não ganhavam nem metade (48,4%) do salário dos brancos.
Os dados fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

O mesmo vale para a comparação salarial entre homens e mulheres: o resultado melhorou, mas ainda há desigualdade. 

Em 2015, elas ganharam, em média, 75,4% do rendimento deles --leve alta em relação a 2014, quando o resultado havia sido de 74,2%. 

Média do rendimento 
Em 2015, a média da renda da população, já descontando a inflação, foi de R$ 2.265,09. Houve uma queda de 3,7% em relação a 2014 --a primeira baixa desde 2004. 

A pesquisa é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Segundo o instituto, todas as regiões tiveram perda no rendimento do trabalhador, com destaque para Belo Horizonte (-4,6%), Rio de Janeiro (-4%) e São Paulo (-4%). 

Na comparação entre 2015 com 2003, ano do início da pesquisa, o rendimento médio do trabalhador aumentou 28,4%, o que representa um ganho de cerca de R$ 501,25. 

Desemprego foi de 6,9% em dezembro 
Em dezembro do ano passado, o desemprego foi de 6,9%, maior para o mês desde 2007, quando tinha sido de 7,4%. De janeiro a dezembro de 2015, o desemprego no Brasil teve média de 6,8%. Em 2014, a média tinha sido de 4,8%. O aumento de 2 pontos percentuais entre os anos foi o maior registrado na série histórica, que começou em 2003. 

A média de pessoas desempregadas no ano passado foi de 1,7 milhão, 42,5% maior que a de 2014 (1,2 milhão). 

 

Fonte: Bonde, 29 de janeiro de 2016.