O ano passado não foi nada bom para o mercado de trabalho. O desemprego voltou a crescer e a renda dos trabalhadores caiu pela primeira vez, em 10 anos.
Há três anos, Rita da Silva vende brinquedos no centro do Rio de Janeiro. No chão mesmo, sem loja e sem carteira assinada. Aos 72 anos, ela diz que essa é única opção. “Eu sobrevivo, pago aluguel compro roupa, calçado, alimento, tudo com o que eu ganho aqui”.
No ano passado, muita gente tentou conseguir um emprego, mas 1,7 milhão de pessoas não conseguiu. Foi um aumento de 42,5% de um ano para outro.
A taxa de desemprego fechou o ano em 6,9% e, na média, durante os 12 meses de 2015, ela ficou em 6,8%, um aumento significativo em relação a 2014. Foi o maior avanço desde que a pesquisa começou a ser feita em 2002.
A situação é bem complicada para quem perdeu o emprego e quem conseguiu se manter, também não tem muito o que comemorar. Em 2015, pela primeira vez em 10 anos, o rendimento médio dos trabalhadores caiu. A perda, já descontada a inflação, foi de 3,7%.
Agora, com o fim dos empregos temporários criados no fim do ano, a tendência é que o desemprego volte a aumentar e as previsões para o resto do ano também não são nada otimistas.
Indústria automobilística
A GM de São José dos Campos, em São Paulo, confirma que vai demitir quase 800 metalúrgicos que estão com os contratos de trabalho suspensos desde o ano passado. Os trabalhadores que serão dispensados devem receber uma indenização equivalente a quatro salários.
Fonte: G1, 29 de janeiro de 2016.