A proposta de reforma da Previdência que o governo elabora prevê a unificação, no longo prazo, de todos os regimes de Previdência. As regras serão as mesmas para homens e mulheres, trabalhadores urbanos e rurais, do setor público e do privado. O objetivo é fazer uma transição "lenta e gradual" ao longo de 20 ou 30 anos. Queda nas carteiras assinadas corrói Previdência urbana Presidente da CUT reforma da Previdência no Conselhão Mulheres se aposentam em média aos 56 anos com fórmula 85/95 PREVIDÊNCIA SOCIAL Calculadora da aposentadoria: em que ano você pode parar de trabalhar ECONOMIZE Carro, táxi, Uber ou Zazcar: veja o que vale a pena para o seu bolso INVESTIMENTOS Do PT das Lutas Sociais ao PT do Poder Sociólogo explica contexto da política brasileira e compara fases do PT De R$ 39,90 Por R$ 33,90 Comprar mercado Entenda o novo cálculo da aposentadoria 1 de 10 Leticia Moreira/Folhapress leia também calculadoras  Compartilhar 2,2 mil Mais opções APOSENTADORIA Saiba mais sobre Previdência Social Calculadora da aposentadoria: em que ano você pode parar de trabalhar Tire suas dúvidas sobre o que muda na aposentadoria com o fator 85/95 Sem reforma, gastos com Previdência vão chegar a R$ 1 trilhão em 2050 longo de 20 ou 30 anos. A Folha apurou que a ideia é não mudar a regra para quem está próximo da aposentadoria. Os demais trabalhadores já em atividade e os que entrarem no mercado depois das mudanças serão afetados, ainda que em parte.
Um dos efeitos da padronização de regras seria a fixação, para todos os trabalhadores do país, de uma mesma idade mínima de aposentadoria –ou de um mecanismo que atinja, na prática, o mesmo objetivo. No caso dos servidores públicos, essa idade, em geral, é de 55 anos para mulheres e 60 para homens, mas não há essa exigência para trabalhadores sob o regime do INSS. O governo pretende não só estabelecer esse critério para todos os regimes como também elevar o limite, que está abaixo dos padrões mundiais (veja quadro acima). A forma de elevar a idade ainda está em discussão. Há quem defenda um mecanismo que misture idade com tempo de contribuição, como a fórmula 85/95 móvel, em vigor atualmente. Por esse mecanismo, que hoje é opcional, a soma entre idade e anos de contribuição será elevada a cada dois anos até atingir 90/100 em 2026. Na prática, implica uma idade mínima que chegaria a 60/65 anos (mulheres/homens). 
MULHERES = HOMENS A proposta do governo, no entanto, é unificar a idade mínima para homens e mulheres, equiparação que se completaria em 20 ou 30 anos. Entre os países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) só a Suíça faz distinção entre os gêneros. A Folha apurou que o governo prefere evitar uma reforma paliativa, com o aumento de alguns impostos. A reforma estrutural com unificação a longo prazo –que daria sustentabilidade ao sistema no futuro– é defendida pela equipe do ministro Nelson Barbosa (Fazenda) e por setores do Ministério da Previdência, hoje fundido com o do Trabalho. A proposta será discutida no fórum formado por trabalhadores e empresários para discutir o tema, que deve se reunir neste mês. Barbosa pretende enviar a proposta de reforma da Previdência ao Congresso Nacional ainda neste semestre. 
RESISTÊNCIAS Ao vivo: acompanhe a movimentação do mercado financeiro no liveblog Cotação dos índices econômicos + LIDAS + COMENTADAS + ENVIADAS ÚLTIMAS 1 Governo planeja unificar idade para aposentadorias de homem e mulher 2 Real desvalorizado começa a beneficiar indústrias 3 Companhias aéreas vão permitir remarcar bilhete devido à greve 4 Distribuidoras querem devolver energia comprada em leilões 5 Calculadora da aposentadoria: em que ano você pode parar de trabalhar sem desconto no benefício 'Compêndio da Psicanálise' sintetiza principais teorias de Freud; leia trecho 'O Nobre Deputado' revela artimanhas de políticos corruptos; leia trecho Por R$ 14,90 cada, leve para casa grandes clássicos do cineasta François Truffaut indicadores Atualizado em 01/02/2016 Fonte: CMA BOVESPA +0,41% 40,570 (18h19) DOLAR COM. ­1,51% R$ 3,9620 (17h00) EURO ­0,53% R$ 4,35930 (17h30) EM MERCADO Fotos Vídeos Relatos RECEBA NOSSA NEWSLETTER PUBLICIDADE redes sociais envie sua notícia siga a folha Digite seu email... enviar + livraria Economia na Palma da Mão Carlos Eduardo S. Gonçalves e Bruno Cara Giovannetti De: R$ 34,90 Por: R$ 29,90 Comprar Box Western Vol. 3 ‐ Exclusivo (DVD) Vários De: R$ 59,90 Por: R$ 32,90 Comprar Ver todos os comentários (22) RESISTÊNCIAS A unificação das regras da Previdência rural com as da urbana deve provocar forte reação das entidades ligadas aos trabalhadores do campo. Os trabalhadores rurais podem hoje se aposentar mesmo sem ter contribuído pelos prazos exigidos na área urbana. No ano passado, enquanto a Previdência urbana apresentou um superavit de R$ 5,1 bilhões, a rural registrou um deficit de R$ 91 bilhões. Nesta linha, uma das propostas é acabar com a isenção do agronegócio no pagamento de contribuição previdenciária sobre sua receita obtida com exportação, o que poderia gerar uma receita extra de R$ 6,5 bilhões para o caixa da Previdência. A proposta conta com a rejeição da ministra Kátia Abreu (Agricultura). Para ela, a medida prejudicaria um dos poucos setores que estão ajudando o país a tentar sair da crise econômica. Setores do governo ligados a movimentos sindicais são contra a instituição da idade mínima e preferem elevar a receita da Previdência Social.  

 

Fonte: Folha S.Paulo, 02 de fevereiro de 2016.