Seja participando de forma coletiva de movimentos ou projetos feministas, seja lidando de forma individual com os desafios do dia a dia, toda mulher resiste pelo seu direito de ser respeitada e crescer em um mercado de trabalho ainda sexista e, consequentemente,dominado por homens.

Mas um levantamento do Fórum Econômico Mundial mostra que, apesar de todas as significantes conquistas aos longos dos anos, a presença feminina no na política, economia e no mundo corporativo ainda não é valorizada e incentivada. Na verdade, a pesquisa aponta que muito do esforço para equidade de gênero feito nos últimos 30 anos foi por água abaixo em apenas um ano.

Acontece que, em 2014, a previsão do Fórum Econômico Mundial, feita levando economia, educação saúde e indicadores políticos da época em consideração, era que a equidade de gênero finalmente seria atingida em 80 anos a partir de então. Mas analisando os mesmos fatores no ano de 2015, a expectativa mudou para 117 anos.

Invertendo o quadro:

Não, o cenário apresentado pelo Fórum Econômico Mundial não é nada animador. Mas se já ocorreram grandes avanços no passado, não podemos desanimar no presente.

Assim pensou a Ey, empresa de consultoria financeira e de negócios, responsável pela Women³. The Power of Three, fórum que reuniu, ao longo de 2015, líderes de campanhia, empresários e organizações governamentais para analisar os desafios profissionais enfrentados pelas mulheres.

Movida pelos resultados do levantamento e das reuniões do Women³., a Ey listou cinco perfis de mulheres que impulsionariam a equidade de gêneros no mercado. Conheça cada um deles e saiba como as empresas pode colaborar para que as mulheres alcancem estes estágios.

1. Dar oportunidades para a construção de carreiras:

Assim como seus colegas de trabalho do sexo masculino, as mulheres geralmente estão prontas para entrar no mercado de trabalho na faixa dos 20 anos, logo depois que concluem o ensino superior.

A maioria estabelece metas que se assemelham a dos homens. Segundo Fórum Econômico Mundial, 43% das mulheres aspiram ocupar cargos de gestão durante os seus dois primeiros anos no mercado de trabalho, mas na prática, este número cai para 16% e o período é de cinco a sete anos atuando na empresa.

Logo, um estágio de carreira “entrants”, ou seja, para mulheres novas no mercado, ajudaria a equiparar os resultados dos profissionais do sexo masculino.

2. Seguir o exemplo da “mulher express”:

É ótimo quando uma mulher consegue avançar rapidamente dentro das organizações em que trabalham sem atrapalhar suas relações pessoais e obrigações com a família. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a maioria alcança este status na casa dos 30 ou 40 anos.

Mas é claro que os homens também têm total capacidade de ser tornarem responsáveis por cuidar de pais ou de outros familiares e conciliar isso com a carreira. Por isso a Ey sugere que as corporações reconheçam a importância de todos os seus funcionários que assumem tantas responsabilidades e os apoiem, ao invés de colocar pressiona-los para se dedicar ao trabalho.

3. A valorização da experiência da mulher:

Neste estágio, as mulheres atingem o auge de suas carreiras e têm uma série de opções, as duas principais são: assumir cargos como gerência sênior ou o desenvolvimento de uma segunda carreira, iniciando um empreendimento, por exemplo.

Mas, na prática, a mulher dificilmente alcança tamanha autonomia, pois as organizações tendem a limitar seu valor e capacidade, além de ignorar a carga de sua experiência. Logo, o ideal é que os líderes saibam valorizar a idade e a experiência feminina assim como valorizam a dos homens.

4. Mais mulheres na tecnologia:

A Ey sugere que a tecnologia digital é uma das forças externas que pode ajudar a carreira de uma mulher a ganhar impulso. Por isso é preciso incentivar as mulheres a estudar tecnologia para adentrar este mercado e reforçar esta área.

5. Informar para empoderar 

Os meios de comunicação, principalmente os presentes nas mídias sociais, desempenham um papel importante na formação de opinião e empoderamento das mulheres.

Consequentemente, eles também podem influenciar de forma negativa e acabar desmotivando-as, ao invés do contrário. E a Ey aponta para este ponto especificamente.

Por isso a importância de meios de comunicação informativos e encorajadores para as mulheres, como o próprio Finanças Femininas.

Fonte: UOL, 03 de fevereiro de 2016.