O perfil dos manifestantes que foram à avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (13) representa a elite do País. Metade das pessoas que protestaram na capital paulista recebe salários entre 5 e 20 salários mínimos (entre R$ 4.400 e R$ 17,6 mil), indica pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (14).

O levantamento considerou 2.262 entrevistas feitas entre as 14h e as 18h30 do domingo edurante o protesto na avenida Paulista. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Outros 17% disseram que ganham entre 3 e 5 salários mínimos (R$ 2.640 a R$ 4.400); 11% recebem de 20 a 50 salários mínimos (de R$ 17,6 mil e R$ 44 mil); 8%, entre 2 e 3 mínimos (entre R$ 1.760 e R$ 2.640); 6%, até dois salários mínimos (até R$ 1.760); e 2% recebem mais de 50 salários mínimos (mais de R$ 44 mil).

A maioria dos participantes dos protestos tem curso superior. De acordo com o Datafolha, 77% fizeram faculdade — o que equivale a três em cada quatro participantes. Outros 18% terminaram o ensino médio e 4%, o fundamental.

A média de idade dos manifestantes foi de 45,5 anos, conforme o levantamento do Datafolha. No entanto, 78% possuem mais de 36 anos de idade — o que significa dizer que três em cada quatro já passaram desta marca. Outros 19% têm de 26 a 35 anos; 5% possuem de 21 a 25 anos; e 4% estão na faixa entre os 12 e 20 anos de idade.

O levantamento mostrou ainda que 57% dos manifestantes eram homens e os outros 43%, mulheres.

Afastamento de Dilma

O Datafolha perguntou sobre a probabilidade de Dilma Rousseff ser afastada da Presidência da República. Para 79% dos entrevistados, Dilma será afastada do Palácio do Planalto, enquanto 17% dizem que a presidente não será afastada e outros 4% não souberam responder.

Quanto à avaliação de governo, 98% julgam a administração Dilma ruim ou péssima, enquanto 1% disse ser regular. Ninguém considerou a gestão da petista ótima ou boa.

Outra posição unânime, segundo Datafolha, é a opinião sobre o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para 96% dos entrevistados, Cunha deve ser cassado.

Fonte: R7, 14 de março de 2016.