O lazer foi o principal alvo do corte de gastos dos consumidores para ajustar o orçamento doméstico. Pesquisa nacional da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) revelou que 39% dos entrevistados fizeram essa opção, e em seguida veio a redução nas contas de consumo (água, luz, gás, telefone etc.) com 18%, e em terceiro a alimentação (15%). Hoje é comemorado o Dia Mundial do Consumidor.
Os gastos com lazer foram os de maior redução em todas as regiões, de acordo com a pesquisa. A porcentagem maior foi no Norte (52%) e em seguida no Nordeste (50%), Centro-Oeste (42%), Sul (38%) e Sudeste (36%).
As classes A/B foram às que mais reduziram as despesas com lazer, com 62% dos entrevistados. Depois apareceram a classe C (42%) e as classes D/E (34%). A redução de despesas com lazer foi maior entre as mulheres (41%) do que entre os homens (39%).
O levantamento da Boa Vista SCPC foi realizado de 2 a 23 de fevereiro em todas as regiões do País.
No atual cenário de inflação e reajuste de preços, cresce o percentual de consumidores que apontam como principal “vilão” do orçamento doméstico os gastos com contas de consumo, um aumento de 14p.p em comparação ao ano passado, de 23% para 37% das menções, mostra a pesquisa. Em segundo lugar aparecem as despesas com alimentação (de 23% para 29%), seguido por impostos e despesas com transportes, empatados com 8% das menções cada.
Atualmente, 73% dos consumidores percebem a economia brasileira como pior em relação à 2015. Essa percepção é maior no SE com 78% das menções, se comparada às demais regiões. Para 83% dos consumidores das classes A/B a economia estará pior em 2016. Entre as mulheres a percepção de piora supera a dos homens (80% contra 70%).
Crédito
De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito em fevereiro de 2016 caiu 2,2% em relação a janeiro de 2016.
Onde o brasileiro mais corta no orçamento
1 Lazer 39% (dos entrevistados)
2 Água, luz, gás, telefone 18%
3 Alimentação 15%
4 Moradia 5%
5 Educação 5%
6 Saúde 3%
7 Impostos, taxas e contribuições 2%
8 Transporte 2%
9 Outros 3%
10 Não modificou hábitos 8%.
Fonte: Bem Paraná, 15 de março de 2016.