A dengue afastou 2,5% dos colaboradores de grandes empresas em 2015 e já é o quinto principal motivo que afasta as pessoas do trabalho, segundo levantamento realizado pela A Gesto Saúde e Tecnologia, empresa pioneira no desenvolvimento de big data para auxiliar as grandes companhias e operadoras a gerir de maneira eficiente os gastos com a saúde. A doença pode aumentar em até 200% o custo per capita do colaborador afetado.
O levantamento foi feito com base no banco de dados da Gesto, que soma 2 milhões de pessoas — número maior do que a população de 95% das cidades brasileiras, por exemplo — e concluiu que a epidemia de dengue em 2015 afetou a produtividade nos negócios. Os dados revelam que as pessoas infectadas ficaram fora do trabalho por um período médio de 5 a 7 dias, podendo atingir um mês nos casos mais extremos.
Ao cruzar as informações e somar todos os atestados, é como se, a cada 50 colaboradores com dengue, um funcionário não tivesse trabalhado durante todo o ano útil. Por exemplo, uma empresa com 11 mil funcionários pode ter tido, em média, 2,2% da sua população com dengue. O impacto disso pode ter sido o equivalente a cinco colaboradores ficarem o ano inteiro sem trabalhar.
O cenário é pior do que o de 2014, quando apenas 1% dos colaboradores das grandes companhias se afastou por conta da doença, somando um período de afastamento de 65 dias - o equivalente a um indivíduo três meses sem trabalhar, considerando os dias úteis.
Outra conclusão está ligada ao aumento do custo do benefício de saúde. “A dengue gerou, no ano passado, uma elevação no custo per capita da saúde. O gasto com um colaborador infectado chegou a ser 200% maior do que o valor de um colaborador de uso médio. Isso acontece por uma série de motivos que incluem o fato de o tratamento da doença ser feito pelos prontos socorros e atendimentos emergenciais — que possuem um valor elevado de atendimento quando comparado à consultas eletivas — e o aumento na demanda de exames”, explica Francine Leite, gerente em inteligência em saúde da Gesto Saúde e Tecnologia.
Fonte: Bem Paraná, 03 de maio de 2016.