O anúncio dos principais nomes a ocuparem postos estratégicos na área econômica do Presidente Interino Michel Temer foi saudado com muita festa e fogos de artifício pelos mais límpidos representantes do sistema financeiro em nosso País.
 
Na verdade, tal reação não pode ser encarada como uma grande surpresa. Muito pelo contrário, trata-se tão somente da confirmação de um jogo de cena muito bem desenhado pelos dirigentes das instituições do setor em articulação com os principais responsáveis pelos meios de comunicação.
 
Os articuladores do golpeachment tinham por objetivo óbvio a remoção de Dilma do Palácio do Planalto. Para eles não bastava a implementação da política do austericídio colocada em prática pelos dois ocupantes do Ministério da Fazenda desde o início do segundo mandato da Presidenta eleita. Não era suficiente que ela tivesse abandonado o programa de governo para o qual havia sido vitoriosa no segundo turno do pleito de outubro de 2014. 

Fonte: Carta Maior, 19 de maio de 2016.