A dona de casa Kazue Matsuda, 80 anos, aguardou pacientemente na sala de espera da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim do Sol, no centro de Londrina, até ser chamada para receber a vacina contra a gripe. Ela participa de todas as campanhas de imunização contra a doença, e neste ano não foi diferente. “A gripe é muito perigosa para um idoso”, disse.

Kazue foi uma das primeiras pessoas imunizadas contra a gripe ontem, dia do lançamento da campanha de vacinação em Londrina. Durante 15 dias, as doses estarão disponíveis gratuitamente para os grupos prioritários (veja box nesta página). Tomar a dose nos primeiros dias, porém, traz vantagens.

Segundo a coordenadora de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde, Sonia Fernandes, a vacina leva alguns dias para fazer efeito. “Existe um período entre 21 e 30 dias para que haja o pico de imunização. O prazo varia de pessoa para pessoa, mas, quanto antes tomar a vacina, melhor”, explicou. É no inverno que os vírus da gripe circulam mais.

No ano passado, foram registrados 92 casos de gripe em Londrina. Na área de abrangência da 17ª Regional de Saúde, foram 127, com três mortes. Estas últimas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), foram provocadas por infecção pelo vírus H1N1. A variante, além da gripe A causada pelo vírus H3 e da gripe B, está presente na vacina.

Em três dos 21 municípios atendidos pela 17ª Regional, houve problemas no primeiro dia da campanha. Na manhã de ontem, Centenário do Sul, Cafeara e Lupionópolis não haviam retirado as ampolas. “As doses estão lá, mas até agora não apareceu ninguém [para retirá-las]”, disse a chefe da regional, Terezinha de Fátima Sanches.

Em Londrina serão aplicadas cerca de 150 mil doses. Para o secretário municipal de Saúde, Mohamad El Kadri, o número é suficiente para a demanda. “Caso a gente perceba que as doses estão acabando, poderemos pedir um novo aporte para o governo do Estado.”

Grupos prioritários

- Crianças de 6 meses a 5 anos incompletos

- Gestantes

- Puérperas – mulheres até 45 dias após o parto

- Trabalhadores da Saúde

- Idosos

- Pessoas com doenças crônicas

- Presos

- Agentes penitenciários

Fonte: Jornal de Londrina, 23 de abril de 2014.