A inveja, assim como o ciúmes, pertence ao grupo de sentimentos que regulam e sinalizam as relações interpessoais, geralmente vista como uma emoção negativa quando se almeja algo pertencente ao outro. 

Segundo o coach e especialista em Inteligência Emocional do Instituto IDEAH, William Ferraz, a inveja possui dois lados, a ambição e a limitação. "Chamamos de ambição o lado positivo da inveja, por trazer ao indivíduo o aumento de possibilidades de se conquistar algo e lhe propicia estímulos para sair da zona de conforto. Já a limitação corresponde ao lado negativo da inveja, por fazer com que a pessoa entre em pensamentos de fracasso, sem nenhum estímulo para alcançar o que deseja", explica. 

A Programação Neurolinguística (PNL) trabalha um princípio chamado modelagem, que consiste em trabalhar a inveja por uma lado positivo, para trazer resultados diferentes e desejados para qualquer pessoa. "Esse princípio inibe crenças limitantes e expande a consciência para um aprendizado de padrões mentais que levam a desempenhos excepcionais. Desta forma, podemos modelar qualquer comportamento", completa William. 

O especialista revela quatro dicas para trabalhar este sentimento da melhor forma: 

1. Ter sempre como referência o melhor de si mesmo e não se comparar aos outros. 

2. Perceber quais os comportamentos/pensamentos que trazem o lado positivo da inveja (a ambição), e tentar tornar tais comportamentos/pensamentos mais frequentes. 

3. Contrariamente evitar os comportamentos e pensamentos que aflorem o lado negativo da inveja (a limitação). 

4. Tentar entender a razão da inveja estar presente em determinada situação ou com determinada pessoa e se permitir possuir tal sentimento sem culpa.

Fonte: Bonde, 22 de julho de 2016.