A inflação oficial no Brasil fechou o mês de julho em 0,52%. O resultado representa uma aceleração em relação a junho, quando a alta dos preços havia sido de 0,35%. Na comparação com o indicador de julho de 2015 (0,62%), porém, houve desaceleração.

Com este resultado, o acumulado no ano foi para 4,96%, bem menos do que os 6,83% registrados em igual período do ano anterior.

Em 12 meses, a inflação foi de 8,74%, pouco abaixo do apontado em junho (8,84%).

A estimativa de analistas consultados pela agência Reuters era de alta de 0,45% em julho.

O resultado ainda está muito acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.

Em 2015, a inflação foi de 10,67%. 

Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Inflação e juros

A inflação alta tem sido uma das principais dores de cabeça para o Banco Central nos últimos anos. A taxa de juros é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços.

Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação.

Porém, a taxa de juros já está alta e aumentá-la ainda mais poderia comprometer a retomada do crescimento da economia. O Banco Central tem dito que buscará deixar a inflação dentro da margem de tolerância deste ano. Atualmente os juros estão em 14,25% ao ano.

Perspectivas

A projeção para a inflação no final de 2016 caiu de 7,21% para 7,20%, segundo o último Boletim Focus, com as expectativas de economistas consultados pelo Banco Central. 

Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação caiu de 5,55% para 5,48%. Para 2017, os economistas reduziram a previsão de 5,20% para 5,14%.

Fonte: UOL, 10 de agosto de 2016.