Um grupo de funcionários terceirizados responsáveis pela limpeza do Ministério do Trabalho, na Argentina, foi impedido de ingressar no prédio nesta terça-feira (2) quando acontecia a mudança da empresa encarregada pela tarefa. Eles denunciam que foram perseguidos por serem organizados em um sindicato, apesar da terceirização. 


Recentemente o ministério trocou a empresa responsável pelo serviço de limpeza. Era a Inmantec e agora é a Green Office. No entanto, o acordo era de que seria mantido mesmo quadro de funcionários, mas não foi isso que aconteceu. Já no primeiro dia da nova administração, apenas os sindicalizados foram impedidos de cumprir a rotina de trabalho, sem ser avisados com antecedência de que seriam demitidos. 

Segundo o delegado geral da Associação de Trabalhadores do Estado, Hernán Izurieta, “não sobrou um só funcionário [ligado ao] Sindicato de Trabalhadores da Manutenção”. Para os líderes sindicais, trata-se claramente de uma perseguição do próprio ministro do Trabalho, Jorge Triaca. 

Izurienta denunciou, à imprensa local, que todos os funcionários que tiveram acesso negado às instalações do Ministério do Trabalho se organizam no sindicato ligado à CTA (Central dos Trabalhadores da Argentina). “[Com a demissão inesperada] não só deixa na rua mais de 130 famílias, mas além disso, é um caso claríssimo de perseguição sindical”. 

Em protesto, os trabalhadores se reuniram em frente ao Ministério para exigir uma reunião com algum “funcionário de alto nível”. Um grupo de deputados da coalizão progressista Frente Para a Vitória exigiu formalmente que o ministro reconsidere a decisão e recontrate os 130 trabalhadores, conforme estava previsto no acordo. 

Fonte: Portal Vermelho, 03 de maio de 2017.