Apesar de ainda não ser oficial, especula-se no mercado de energia que a Copel deve pleitear um reajuste de 30% na tarifa para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Depois da solicitação, a agência reguladora analisa o pedido e autoriza qual será o percentual de alta. Em seguida, o governo do Estado decide se aplica ou não o valor definido pela Aneel a partir de 24 de junho.
No final de março, o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, afirmou à FOLHA que não esperava um reajuste menor do que dois dígitos para 2014. Vai ajudar compor o aumento deste ano e o restante do reajuste de 2013, que o Estado decidiu não aplicar. No ano passado, a Aneel autorizou um reajuste médio de 14% para a Copel. Mas, em meio à onda de protestos no País, o governador Beto Richa decidiu aplicar 9,55%, na média, sobrando um "saldo residual" de reajuste de 4,27%.
A Copel informou que vai enviar o pedido de reajuste deste ano para a Aneel até amanhã. A Aneel confirmou que ainda não recebeu o pleito da Copel e que vai divulgar o percentual solicitado pela estatal paranaense no dia 9 de junho.
Segundo a Copel, quatro variáveis vão influenciar na definição do aumento: custos operacionais da estatal já definidos em 1,5%, componentes financeiros, diferimento de 4,27% que sobrou da alta de 2013 e a parcela A, relativa à compra de energia no mercado livre. Também deve pesar na conta a redução de 18% a 22% que o governo federal realizou nas tarifas de energia em janeiro de 2013.
O balanço da companhia no primeiro trimestre deste ano apontou lucro líquido de R$ 583 milhões contra R$ 398 milhões no mesmo período de 2013, ou alta de 46,3%.
Fonte: Folha de Londrina, 22 de maio de 2014.