Em um final de semana com tempo instável e temperaturas em queda, a 9ª Feira de Imóveis de Londrina registrou aumento de 44% no valor total de financiamentos simulados em relação ao ano passado. No estande da Caixa Econômica, as análises de negócios somaram R$ 144 milhões, sendo que a maioria costuma ser efetivada. O valor supera os R$ 100 milhões da edição anterior da feira, mesmo com leve queda nos atendimentos de um mil, em 2013, para 960 este ano. Já o valor do tíquete médio subiu para R$ 150 mil. A feira atraiu cerca de 7 mil visitantes.
Viviane Barcala Gonçalves, gerente geral da Caixa, diz que, apesar das condições climáticas, o resultado ficou dentro das expectativas da instituição, que havia colocado como meta superar os números de 2013. Segundo a gerente, os reflexos da feira são sentidos por 90 dias. "Nesse prazo o cliente ainda garante as condições do Feirão da Caixa e a carência até janeiro de 2015 para começar a quitar o financiamento", explica.
O presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região (Sincil), Marco Antônio Baccarin, considera o resultado prévio muito positivo e dentro das expectativas de mercado. Segundo ele, a acomodação dos preços, a maior oferta de imóveis e a garantia de que não vai faltar dinheiro para os financiamentos dão mais tranquilidade aos compradores.
"Não existe mais uma ‘corrida desenfreada’ pelo imóvel, o que trouxe benefícios para o consumidor, que pode escolher com calma. Se durante 20 anos não pudemos financiar nada, hoje os bancos têm renda a vontade", destaca. Para Bacarin, o aumento no tíquete médio das negociações reflete a alta no poder aquisitivo da população, que tem procurado por imóveis acima dos R$ 100 mil.
Segundo Bacarin, além das prospecções de clientes, alguns expositores chegaram a efetivar até 20 vendas, o que mostra a força do evento. "Alguns acreditam que a internet vai acabar com eventos como as feiras, mas não vai porque aqui o público tem a oportunidade de comparar preços e tirar dúvidas, no mesmo lugar", avalia Bacarin.
Estreantes
Vinte imóveis vendidos em um único empreendimento do programa federal Minha Casa Minha Vida. Este foi o saldo parcial da DMX Imóveis, que participou pela primeira vez da Feira de Imóveis de Londrina. "Viemos com o objetivo de comercializar dez", revela Mateus Benedeti, sócio-diretor da empresa. Segundo ele, os apartamentos de 41 metros quadrados atraíram, essencialmente, jovens casais em busca do primeiro imóvel. O prêmio de um televisor 40 polegadas para negócios fechados na feira também serviu como chamariz, acredita Benedeti.
Luiz Fernando de Oliveira, proprietário da imobiliária Elias e Ribeiro, também participou pela primeira vez da feira e comercializou negócios de variados valores. "Esperávamos um pouco mais de público, mas conseguimos fazer uma boa captação e fechar negócios", diz. A imobiliária ofereceu na feira um empreendimento com unidades no valor médio de R$ 300 mil, outro de R$ 130 mil, além de imóveis de terceiros e preços variados.
Fonte: Folha de Londrina, 26 de maio de 2014.