Em tempos de milhões de desempregados no país, garantir uma vaga é o desejo de muita gente. Se o salário é de US$ 100 mil por ano para trabalhar de casa, com horário flexível, este certamente vira um emprego dos sonhos. Uma empresa multinacional de recursos humanos está selecionando até 50 programadores para trabalharem de forma remota para companhias americanas de tecnologia.
Para garantir seus lugares, os candidatos participarão de um torneio no Rio de Janeiro no próximo sábado — após uma pré-seleção on-line (http://bit.ly/2wxk3ha). Ao todo, há 150 vagas para a competição de sábado, que reunirá três etapas no mesmo dia, todas eliminatórias.
— Até agora, temos mais de 100 inscritos para o Rio e vamos receber inscrições até sexta-feira. A partir de uma primeira seleção escolhemos quem vai partipar do torneio. A disputa em São Paulo foi ótima, encontramos muito talentos — afirma o gerente geral da Crossover, Sinan Ata.
As 50 vagas em disputa no Rio são para programadores das linguagens Ruby e PHP com mais de dez anos de experiência. Domínio de inglês é exigência básica para a vaga e a formação mais comum, segundo Ata, é em engenharia, mas esta não é uma restrição.
— A engenharia não é uma exigência. Queremos profissionais com mais de dez anos de experiência e vamos ver o que são capazes de produzir. Já vi sociólogos que eram grandes desenvolvedores de códigos — aponta Ata.
Há quase um ano a Crossover têm realizado seleções neste formato para profissionais do Leste da Europa, Paquistão, Egito, Rússia e Turquia. No mês passado, realizou o primeiro processo na América do Sul, em São Paulo, quando foram contratados 27 trabalhadores. E já planeja chegar em breve a Porto Alegre. Em todo o mundo, mais de 500 pessoas conseguiram vagas por este sistema no último ano.
O torneio vai durar ao todo dez horas, das 9h às 19h, em três partes. Na primeira etapa, há testes mais básicos de múltipla escolha, tanto de programação quanto de inglês. É eliminado quem fica entre os 20% com pior desempenho. Na segunda fase, os candidatos recebem desafios de programação, que devem cumprir no tempo determinado. Neste momento, a eliminação atinge os 50% com a pior performance. A última parte consiste em uma entrevista técnica. E, ao fim do dia, são anunciados os vencedores.
— É a parte mais emocionante, quando a gente fala: você está contratado, bem-vindo à bordo — diz o gerente geral da Crossover.
Fonte: Extra, 25 de agosto de 2017.