Em relação ao processo seletivo de quem está empregado e procura uma nova ocupação, o recrutador Ivan Witt diz que em suas entrevistas procura observar com cuidado qual o "prazo de validade" do empregado, ou seja, com que frequência o profissional costuma mudar de emprego. "Fico muito atento a esses intervalos. Das pessoas que ficam pouco tempo no emprego, vou querer saber qual seu compromisso com a empresa para onde está indo. Se uma outra empresa oferecer qualquer coisa a mais, ele já vai embora? Queremos saber qual o plano dele e para onde quer ir", esclarece o head hunter, deixando claro que quem troca de emprego demais é visto com ressalvas entre os recrutadores. 

"Em relação a quem troca seguidamente de emprego a gente fica com um pé atrás. Fica a suspeita: ou não se adequou ou só está interessado em buscar vantagem financeira e não necessariamente está interessado em investir na carreira." Ele afirma que é típico da juventude a ânsia por uma constante busca de novos ares. "Quanto mais jovem for o indivíduo, mais vai ter expectativa de que as mudanças ocorram rapidamente. Mas os ciclos corporativos nem sempre reagem da mesma maneira", adverte. 

Segundo o especialista, o ideal é que pessoas que exercem cargos de confiança permaneçam no mínimo de dois a três anos numa mesma empresa.

Fonte: Folha de Londrina, 16 de junho de 2014.